domingo, 5 de dezembro de 2010

Sinais dos tempos...

Ora adivinhem lá em que cidade do Mundo foi tirada esta fotografia?... Quem acertar receberá uma atençãozinha especial do Pai Natal daqui a poucas semanas.
Repare-se bem na "sensibilidade" ambiental, do mimo estético, no meio daquele vidro e daquelas vigas metálicas todas, do tímido tronco de árvore, que, além de retirada da sua natural Natureza, é ela que tem que levar com os bufos dos cigarros em cima!...
A resposta está aqui.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O presidente do Governo Regional dos Açores, socialista, é que tem razão!

O PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES É QUE TEM RAZÃO!...
Há quem diga que é ele o delfim de Sócrates, ou que é um sério candidato à substituição dele, no partido Socialista e no Governo.
Basicamente ele diz-nos: A medida do Governo de Sócrates é injusta, como não podemos anulá-la, temos de compensá-la; assim "respeitamos" a legitimidade do poder do governo democraticamente eleito para tomar decisões, e tomamos também as nossas decisões quando as decisões do governo central são gravemente injustas. Se nos faltar dinheiro para repor a justiça, não faz mal, esse dinheiro há de vir do Governo Nacional da República, afinal somos todos socialistas, não é verdade?

"Nos Açores, os funcionários públicos regionais vão ter o corte, mas a seguir recebem um subsídio para compensar o corte", denuncia social-democrata Marques Mendes.

O Governo Regional dos Açores arranjou uma forma de compensar os funcionários regionais dos cortes salariais na Administração Pública, acusa Marques Mendes, em declarações à TVI24.

O ex-presidente do PSD diz que o Governo liderado pelo socialista Carlos César criou um regime especial, que configura uma situação “escandalosa”.

“O Governo Regional dos Açores, chefiado pelo Dr. Carlos César, decidiu há poucos dias, no Parlamento Regional, que nos Açores os funcionários públicos regionais vão ter o corte, mas a seguir recebem um subsídio para compensar o corte que tiveram. Na prática, há mais de três mil funcionários regionais dos Açores que não vão ter corte”, denuncia Marques Mendes.

O antigo ministro e líder social-democrata, seu espaço semanal de comentário na TVI24, defendeu que esta situação deve ser levada à Assembleia da República.

“Isto é uma pouca vergonha, parece que há funcionários de primeira e de segunda. Os do continente têm cortes, os da Madeira também, os das autarquias também, os funcionários regionais dos Açores não têm. E pior ainda, mesmo dentro dos Açores, os funcionários que são da República, como os dos tribunais, as forças de segurança, esses têm corte, os funcionários que dependem do Dr. Carlos César não têm, têm uma compensação”, sublinha Marques Mendes.

A Renascença pediu um comentário ao gabinete do presidente do Governo Regional dos Açores, mas a resposta foi negativa.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Celebração dos 100 anos da República

Palavras - e promessas - levas-as o vento.
Que valor tem a celebração da República com os cada vez mais descaradamente vergonhosos exemplos da generalidade dos nossos políticos, sobretudo os que ocupam agora e os que têm ocupado, ao longo das últimas dezenas de anos, os poderes executivo e legislativo?
Se os valores se transmitem essencialmente pelo exemplo, que valores estão, hoje em dia, a ser passados às gerações mais novas?
É verdade, envergonho-me, mais do que nunca, dos governantes que temos.
Lamento, mais do que nunca, os jovens que precisam de aprender com os exemplos dos nossos governantes e deputados o idealismo republicano e a honestidade pessoal nas relações cívicas e políticas e não os encontram. Porque praticamente não os há em parte nenhuma!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Subir ao concreto

Agradeço a e felicito José Carlos de Vasconcelos pelo que diz no último parágrafo do seu Comentário da edição n.º 913 da Visão (amanhã nas bancas):
"Julgo inadmissível obrigar os cidadãos a utilizar a internet ou a preencher formulários extremamente complexos, se não incompreensíveis, para cumprir qualquer obrigação face ao Estado ou dele obter o que quer que seja. E quando se trata de matérias que afetam os mais pobres ou desprotegidos, em geral em simultâneo também mais iletrados, pior ainda. Como acontece com a prova de rendimento para receber apoios sociais. É desumano, escandaloso, que às já enormes desigualdades e exclusões de vária ordem se juntem as que resultam de não dominar as novas tecnologias."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Os fogos na Serra da Estrela e no resto do País

Estou a ouvir, no telejornal da hora do almoço, o responsável da Proteção Civil de Gouveia, que diz que temos de pensar que proteção civil somos todos nós, e o Presidente da Câmara de Gouveia, que diz que isto é tudo terrorismo...
Imagino as populações que tantas vezes têm pedido, tantas vezes têm alertado, tantas vezes se têm esforçado... pois bem, elas que vigiem e elas que apanhem os criminosos, os tais terroristas... Ainda se sujeitam a serem acusados de qualquer crime porque fizeram isto ou aquilo (que não deveriam fazer, será logo a acusação, "não podem fazer justiça pelas próprias mãos") aos incendiários... se os apanharem, imagino como se sentirão, as emoções que experimentarão... Mais cedo ou mais tarde, airosamente, a nossa justiça encontrará maneira de safar quem os comanda; eventualmente, um desgraçado bode expiatório será "exemplarmente" condenado.
Infelizmente, os exemplos tristes da nossa justiça e os exemplos vergonhosos dos nossos políticos, que sabem perfeitamente a impunidade em que se movem, não me parecem motivadores para a mobilização que se reclama.
São os sempre Vampiros do José Afonso, estes muito mais subtis e protegidos pelas leis da democracia.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Os muito pobres ficaram mais pobres ainda antes da crise

Os muito pobres ficaram mais pobres ainda antes da crise
16 Julho2010 | 00:01
Catarina Almeida Pereira - catarinapereira@negocios.pt
Imprimir|Enviar|Reportar Erros|Partihar|Votar|Total: 0 VotosTamanho

A taxa de pobreza desceu antes da crise, mas a sua intensidade agravou-se. E deverá crescer com o aumento do desemprego.
A percentagem de pessoas em risco de pobreza diminuiu em 2008, mas quem permanece nessa situação enfrenta dificuldades crescentes.

Os dados provisórios ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, em 2008, 17,9% da população enfrentou o risco de pobreza, uma redução de seis décimas face ao ano anterior que, no entanto, deixou para trás as famílias numerosas e os desempregados.

Ao mesmo tempo, a intensidade da pobreza subiu. A diferença entre o limiar de pobreza (414 euros por mês) e o rendimento monetário mediano de quem está abaixo desse valor chegou aos 23,6% em 2008, mais quatro décimas do que em 2007.

domingo, 18 de abril de 2010

As "previsões" de José Régio

Este soneto, se não estiver errada a fonte onde o recolhi (http://nunomiguelgil.wordpress.com/tag/jose-regio/), foi escrito por José Régio, no liceu de Portalegre em 1969.
E pronto, sem comentários, fica tudo dito. É só ler.
Ah!... Só uma coisinha: José Régio não era profeta, não adivinhava o futuro.

“Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno sacrifício
De trinta contos só ! por seu ofício
Receber, a bem dele… e da nação.”

terça-feira, 6 de abril de 2010

Nascemos cópias br Morremos originais

Nascemos cópias, tornamo-nos originais. É verdade!
Mas normalmente não pensamos nisso. E é pena que não o façamos.
Toda a riqueza que resulta da diversidade, da originalidade, da diferença, fica por aproveitar.
Para prejuízo sobretudo dos mais novos.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Não encontro a notícia...

Desculpem-me...
Será que alguém me ajuda a encontrar a notícia que fala da do choque afectivo... ou moral... ou ético... ou social... ou político... quer dizer, daquela coisa que se sente, sei lá, um bocadinho de vergonha que seja, que o PS teve pelos prémios financeiros dos príncipes da PT?
Com a rapidez com que Francisco Assis, de rosto tão tenso e grave, anunciou que levaria à Assembleia da República o caso da "lei da rolha" atribuída ao PSD, eu pensei logo: Calma, Fernando, o caso da PT vem já a seguir..." Aliás, quem vir na televisão o líder da bancada parlamentar do PS a falar, e a televisão estiver sem som, convence-se que ele está seguramente a falar de um assunto da gravidade do que se passa na PT.
Felizmente o ministro das Finanças já me descansou, ao menos isso!... Diz ele que Não senhor!, os príncipes da PT já não têm 12 meses de salários em prémios. Agora já só têm seis meses, isso mesmo, SÓ - mas mesmo SÓ! - seis meses! É muito bem feito!... Já vou voltar a dormir descansado!...
Até já ouvi dizer que esta medida aparece no PEC, assim logo à cabeça. É a velha máxima portuguesa: o exemplo vem sempre de cima.
Digam lá se não apetece pegar nas listas telefónicas da PT e começar a procurar os números de alguns anarquistas que por lá andem...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A "insólita" candidatura à Presidência da República de Fernando Nobre

Em declarações ao Rádio Clube, Alfredo Barroso considerou que o candidato não tem preparação nem currículo para o cargo de chefe de Estado e defendeu que lhe falta passado político para ser presidente da República. “Para mim é um pouco insólito que uma pessoa que como ele se entregou à acção humanitária ao longo de uma vida queira de repente disputar um lugar que exige uma preparação política e um currículo e um passado que ele manifestamente não tem”, afirmou.

A política aos profissionais da política,é...? :(
Dr. Alfredo Barroso, está a puxar dos galões?...
O dr. Fernando Nobre só tem "estatuto" e legitimidade para votar em quem o senhor considera que tem a tal "preparação", "experiência", "passado", etc., políticos?...
É homem de obra pública em acontecimentos do Mundo... ah, pois!... mas não pertence ao "clube" dos que o senhor acha com preparação para ser Presidente da República.
Que obra têm o senhor e os seus "preparados" do clube para ombrear com a do dr. Fernando Nobre?... Não me diga que o pessoal do "clube" já teme por perda de privilégios e perda de influências?... Até os que ganham com bastante com comentários políticos nos grandes meios de comunicação social?... Comentários "sábios", claro!... da tal gente cheia de preparação, currículo e passado.
Passe bem...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O critério da verdade!... Ei-lo!...

Mário Lino, que foi ministro no tempo em que aconteceram as coisas todas que por aí andam sobre as escutas do Face Oculta - ainda por cima, com responsabilidades de tutela directas! - anda repetidamente a dizer, desde ontem, nos ecrãs da SIC, que "Se o presidente Henrique Granadeiro já disse... se eu já disse... se o primeiro-ministro já disse... e se jornalistas e políticos de direita continuam a insistir no que insistem...", é claro que andam que a alimentar uma patranha...
Pois é, então eles os três não disseram já a verdade?... E se eles disseram, logo, é a verdade, não há discussão!...
O tempo que jornalistas, polícia judiciária e outros têm perdido a fazer investigação!... Porque é que não perguntaram logo a qualquer um dos três!?... Perguntavam, eles respondiam, e pronto! Estaria encontrada a verdade!... E toda a sociedade portuguesa poderia dedicar-se inteiramente ao Carnaval, todos nós pacificados uns com os outros!
Este auto-convencimento, senhores!... Do género: tudo o que nós pensamos está certo, se pensamos assim é bom... quem pensa o contrário, obviamente pensa mal!... Esta é a verdade!...
É assim: pior que pensar-se e agir-se honestamente ou maldosamente em relação a critérios politicamente admitidos como consensuais, é pensar-se que - obviamente! - o que se pensa e o que se faz está correcto e é A verdade!
Esta atitude traz-me ao pensamento, em associação um pequeno vídeo, de uma entrevista a um ministro de um credo religioso, que falou assim, numa entrevista: (ver aqui)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Granadeiro sente-se "encornado". Então, e nós?...

Na sequências das notícias sobre "as escutas", especialmente as do Sol, esta sexta-feira, Henrique Granadeiro diz-se sentir-se "encornado".
No PS, as ordens são de "cerrar fileiras à volta do líder". Tanto quem manda cerrar como quem cerra conta com a segurança que o poder dos juízes lhes dá neste e noutros casos. A mesma segurança que tantos chefes políticos prepotentes têm contado noutros momentos da nossa História e das Histórias de outros países.
É... quem devia pugnar pelo primado da dignidade e da honestidade da política cerra fileiras à volta das decisões judiciais de um poder infelizmente domesticado, apoucando a Política, no esforço civilizacional que desde os Antigos Gregos, se tem tentado aperfeiçoar, a bem da cada vez melhor harmonização das vidas de tantos grupos humanos.
Se Henrique Granadeiro se sente ignorado, ele que faz parte dos poderes que dispõem, determinam.. e cozinham a seu bel-prazer... como deveremos nós, zés-povinhos, sentirmo-nos?...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Provincianos, transmontanos... e Miguel Torga

Transcrevo para aqui o seguinte texto de José António Saraiva, salvaguardando desde já um enorme respeito e carinho pelos transmontanos, por todos os provincianos, todos de cepas de que Miguel Torga - assumido, até ao tutano, transmontano e provinciano - gostava de cantar e homenagear. (Esta versão, fui comodamente buscá-la a "A Tulha do Atílio".)

"O PROCESSO chamado'Face Oculta' tem as suas raízes longínquas num fenómeno que podemos designar por 'deslumbramento'.

Muitos dos envolvidos no caso, a começar por Armando Vara, são pessoas nascidas na Província que vieram para Lisboa, ascenderam a cargos políticos de relevo e se deslumbraram.

Deslumbraram-se, para começar, com o poder em si próprio. Com o facto de mandarem, com os cargos que podiam distribuir pelos amigos, com a subserviência de muitos subordinados, com as mordomias, com os carros pretos de luxo, com os chauffeurs, com os salões, com os novos conhecimentos.

Deslumbraram-se, depois, com a cidade. Com a dimensão da cidade, com o luxo da cidade, com as luzes da cidade, com os divertimentos da cidade, com as mulheres da cidade.

ORA, para homens que até aí tinham vivido sempre na Província, que até aí tinham uma existência obscura, limitada, ligados às estruturas partidárias locais, este salto simultâneo para o poder político e para a cidade representou um cocktail explosivo.

As suas vidas mudaram por completo.

Para eles, tudo era novo - tudo era deslumbrante.

Era verdadeiramente um conto de fadas - só que aqui o príncipe encantado não era um jovem vestido de cetim mas o poder e aquilo que ele proporcionava.

Não é difícil perceber que quem viveu esse sonho se tenha deixado perturbar.

CURIOSAMENTE, várias pessoas ligadas a este processo 'Face Oculta' (e também ao 'caso Freeport') entraram na política pela mão de António Guterres, integrando os seus Governos.

Armando Vara começou por ser secretário de Estado da Administração Interna, José Sócrates foi secretário de Estado do Ambiente, José Penedos foi secretário de Estado da Defesa e da Energia, Rui Gonçalves foi secretário de Estado do Ambiente.

Todos eles tiveram um percurso idêntico.

E alguns, como, Vara e Sócrates pareciam irmãos siameses: Naturais de Trás-os-
-Montes,
vieram para o poder em Lisboa, inscreveram-se na universidade, licenciaram-
-se, frequentaram mestrados.

Sentindo-se talvez estranhos na capital, procuraram o reconhecimento da instituição universitária como uma forma de afirmação pessoal e de legitimação do estatuto.

A QUESTÃO que agora se põe é a seguinte: por que razão estas pessoas apareceram todas na política ao mais alto nível pela mão de António Guterres?

A explicação pode estar na mudança de agulha que Guterres levou a cabo no Partido Socialista.

Guterres queria um PS menos ideológico, um PS mais pragmático, mais terra-a-terra.

Ora estes homens tinham essas qualidades: eram despachados, pragmáticos, activos, desenrascados.

E isso proporcionou-lhes uma ascensão constante nos meandros do poder.

Só que, a par dessas inegáveis qualidades, tinham também defeitos. Alguns eram atrevidos em excesso. E esse atrevimento foi potenciado pelo tal deslumbramento da cidade e pela ascensão meteórica.

QUANDO o PS perdeu o poder, estes homens ficaram momentaneamente desocupados. Mas, quando o recuperaram, quiseram ocupá-lo a sério.

Montaram uma rede para tomar o Estado.

José Sócrates ficou no topo, como primeiro-ministro, Armando Vara tornou-se o homem forte do banco do Estado - a CGD -, com ligação directa ao primeiro-ministro, José Penedos tornou-se presidente da Rede Eléctrica Nacional, etc.

Ou seja, alguns secretários de Estado do tempo de Guterres, aqueles homens vindos da Província e deslumbrados com Lisboa, eram agora senhores do país.
MAS, para isso ser efectivo, perceberam que havia uma questão decisiva: o controlo da comunicação social.

Obstinaram-se, assim, nessa cruzada.

A RTP não constituía preocupação, pois sendo dependente do Governo nunca se portaria muito mal.

Os privados acabaram por ser as primeiras vítimas.

O Diário Económico, que estava fora de controlo e era consumido pelas elites, mudou de mãos e foi domesticado.

O SOL foi objecto de chantagem e de uma tentativa de estrangulamento através do BCP (liderado em boa parte por Armando Vara).

A TVI, depois de uma tentativa falhada de compra por parte da PT, foi objecto de uma 'OPA', que determinou a saída de José Eduardo Moniz e o afastamento dos ecrãs de Manuela Moura Guedes.

O director do Público foi atacado em público por Sócrates - e, apesar da tão propalada independência do patrão Belmiro de Azevedo, acabou por ser substituído.

A Controlinvest, de Joaquim Oliveira (que detém o JN, o DN, o 24 Horas, a TSF) está financeiramente dependente do BCP, que por sua vez depende do Governo.

SUCEDE que, na sua ascensão política, social e económica, no seu deslumbramento, algumas destas pessoas de quem temos vindo a falar foram deixando rabos-de-palha. É quase inevitável que assim aconteça.

O caso da Universidade Independente, o Freeport, agora o 'Face Oculta', são exemplos disso - e exemplos importantes da rede de interesses que foi sendo montada para preservar o poder, obter financiamentos partidários e promover a ascensão social e o enriquecimento de alguns dos seus membros.

É isso que agora a Justiça está a tentar desmontar: Essa rede de interesses criada por esse grupo em que se incluem vários "boys" de Guterres. Consegui-lo-á? Não deixa de ser triste, entretanto, ver como está a acabar esta história para alguns senhores que um dia se deslumbraram com a grande cidade.

Esta é a forma mais eloquente de definir um parolo provinciano com tiques de malandro... "mas sempre de mão estendida" pior que os arrumadores que uma vez na vida se revelam minimamente úteis independentemente do ar miserável como se apresentam e se comportam quando não se lhes dá a famigerada moedinha.

José António Saraiva"

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

De Paris a São Bento, com muito amor

Transcrevo para aqui (reconheço que sem procurar assegurara a veracidade, talvez alguém apareça a "repor a verdade" e eu tenha de me penitenciar depois publicamente):

Lá vamos cantando e rindo. . .

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Segundo o deputado "Ricardo Gonçalves", do PS, em entrevista a um jornal local, define assim a vida parlamentar de um deputado:

Muito do nosso trabalho é bater palmas.

Porreiro pá... isto é que é trabalho!

CORREIO DA MANHÃ

9/01/2010

Se não, vejamos . . .

UMA PARISIENSE EM SÃO BENTO

Acabo de ler uma peça jornalistica muito interessante. Fiquei a saber que a deputada do PS Inês de Medeiros, foi eleita por Lisboa e vive em Paris. Acontece como com os demais deputados, quando a semana de trabalho acaba há que rumar a casa. A Paris, portanto. Tão longe de casa, só com ajudas de custo será possivel suportar uma situação destas. Mas parece que a Assembleia da República já está a tratar do caso e a solução estará para breve, com efeitos retroactivos. Sinto-me aliviado. Porque acho que a democracia portuguesa não poderia, obviamente, passar sem a Inês Medeiros e, por isso, devemos todos contribuir para que a simpática residente parisiense possa também ela contribuir com a sua presença para o avanço da Nação. Nem que seja como diz o seu colega de bancada Ricardo Gonçalves, só para bater palmas.

E, o meu alívio tambem se deve ao facto de a actriz não residir em Sydney, Melbourne ou Auckland, que igualmente seriam lugares bastante plausíveis para viver alguém eleito pelo círculo de Lisboa, só que um nadinha mais longe. Em Paris fica-nos muito mais barato.

Da minha parte de contribuinte. OBRIGADO

Correio da Manhã

9/01/2010