Este soneto, se não estiver errada a fonte onde o recolhi (http://nunomiguelgil.wordpress.com/tag/jose-regio/), foi escrito por José Régio, no liceu de Portalegre em 1969.
E pronto, sem comentários, fica tudo dito. É só ler.
Ah!... Só uma coisinha: José Régio não era profeta, não adivinhava o futuro.
“Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno sacrifício
De trinta contos só ! por seu ofício
Receber, a bem dele… e da nação.”
Desabafos, incredulidades zé-povinianas, ou augusto-abelairianas, de quem se perdeu de Sirius e se viu, de repente, na Terra.
domingo, 18 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
Nascemos cópias br Morremos originais
Nascemos cópias, tornamo-nos originais. É verdade!
Mas normalmente não pensamos nisso. E é pena que não o façamos.
Toda a riqueza que resulta da diversidade, da originalidade, da diferença, fica por aproveitar.
Para prejuízo sobretudo dos mais novos.
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