quarta-feira, 10 de outubro de 2012

"A orquestra, desafinada, ainda toca, mas o navio já se afunda a grande ...

Um discurso extraordinário!...
Argumentos apanhados no campo do adversário. O despudor dos discursos dos membros do governo ("preguiçosos", "pantominices", "formigas e cigarras", etc.), na prática, junta Freitas do Amaral (quando diz que as luta entre as classes é dos ricos contra os pobres), Baptista Bastos (quando tão bem desmonta os farisaicos discursos de Cavaco Silva (em Espanha!, não em Portugal!) e Passos Coelho, quando dizem que os políticos devem ouvir o povo; e que também estão contra o aumento dos impostos (!)); e junta, finalmente, este deputado do PCP.
Como diz Baptista Bastos "Mas os estragos que produzem são muitíssimo mais graves e insidiosos do que os explícitos pelas políticas económicas. Atingem o mais fundo do nosso ser, porque incitam à dualidade de carácter, à dependência do momento que passa, à ambiguidade do inevitável e ao desprezo pela própria condição humana."