quinta-feira, 26 de março de 2015

Grau Zero da ética política - a principal falha da nossa organização sócio-política

- E os outros, aguentam?
- Ai, aguentam, aguentam!
Os "notáveis" socialistas Augusto Santos Silva e José Lello, que tanto têm percorrido os corredores do poder, e tanto se têm sentado nas cadeiras de quem pode, quer e manda (há quem diga, de forma muito mais "brejeira" que eles têm mamado, mamado, mamado), desdenham com o desprezo que podem do camarada Henrique Neto, que se candidata à Presidência da República: dizem que ele é "bobo" e que é "o Beppe Grillo português!" Pois, não é um alinhado dos "mamadores" dos partidos "do arco da governação"!...
Do outro lado da bancada, a senhora ministra das Finanças reitera a confiança no seu secretário de Estado, Paulo Núncio, mesmo depois de se saber o que se sabe sobre a lista VIP das Finanças. Os actuais governantes perderam completamente a noção do que é a responsabilidade política dos actos; mas só perderam essa noção de forma escotomizada: é que continuam a exigi-la a todos os que não são por eles!

quarta-feira, 11 de março de 2015

O QUE VALE, NA VERDADE, ESTA AFIRMAÇÃO DE PASSOS COELHO?

O QUE VALE, NA VERDADE, ESTA AFIRMAÇÃO DE PASSOS COELHO?
"Lamento profundamente não ter tido consciência dessas obrigações."
Um cidadão - Passos Coelho - um dia chegou a primeiro-ministro do seu País. Passou a sacrifícios tremendos à generalidade dos cidadãos e tornou-se chefe de um Governo implacável no castigo de OBRIGAÇÕES não cumpridas, na Segurança Social e nas Finanças, por milhares de pessoas tão cidadãs quanto ele, a grande maioria com manifestas dificuldades económicas e financeiras.
Claramente consciente dos seus actos de incumprimento, o cidadão Passos Coelho tornado primeiro-ministro, fechou-se em copas e escolheu deliberadamente manter-se incumpridor; até que foi apanhado nestes "honestos procedimentos" por jornalistas. Puxa do "valor" da "frontalidade" de quem "assume" os erros pessoais, confessa ter tido distracção, esquecimento e falta de dinheiro; e vai à Assembleia da República (local onde, paradoxalmente, quem protesta com verdade nas galerias está em "incumprimento e desrespeito democrático" por quem na Tribuna dos Valores da República e da Democracia assume "arrependidamente" as falhas e as mentiras pessoais), sobe ao mais respeitável espaço de oratória política do País e, assertivo, fixa para a posteridade aquela frase: "Lamento profundamente não ter tido consciência dessas obrigações."
Sinceramente, soa a "Eh, pá, desculpem lá qualquer coisinha...".
Repito: o que vale, na verdade, eticamente, politicamente, "cidadanamente", civicamente, honestamente e psicologicamente esta afirmação?
Tenho de desabafar: Continuam a querer fazer do Zé Povinho um grande parvo!

sexta-feira, 6 de março de 2015

Afinal, eles sabem mesmo o que andam a fazer!

Eles são os "iluminados", "honestos" e "solidários" dirigentes europeus - que teve um português (Durão Barroso) como chefe da banda durante muitos anos.
E há lá mais um português a cozinhar as coisas: Vítor Constâncio.

Martin Schulz diz que Europa está a pedir sacrifícios às pessoas para salvar bancos

"Estamos a pedir sacrifícios aos cidadãos, aos pais, para aceitarem salários mais baixos, impostos mais altos e menos serviços. E para quê? Para salvar os bancos. E os filhos estão desempregados. Se não mudarmos isso, se não voltarmos a um tratamento igualitário e justo, as promessas feitas pela Europa não serão cumpridas", disse Martin Schulz na conferência 'Um novo começo para o diálogo social', que decorre hoje em Bruxelas.

Num discurso de cerca de 20 minutos, o presidente do Parlamento Europeu referiu-se em concreto ao desemprego jovem na Grécia e em Espanha, sublinhando que "as pessoas falam de uma geração perdida na Europa" e que, "mesmo os que têm emprego muitas vezes estão presos numa espiral de estágios não remunerados e de contratos de curto prazo".

Martin Schulz afirmou ainda que "estas pessoas estão a pagar uma crise que não causaram e sentem que não é uma sociedade justa", destacando que compreende este sentimento e defendendo que esta "geração perdida" não afeta só os jovens, mas também os seus pais, que "investiram a vida toda na educação dos filhos".

"Se somos capazes de mobilizar milhões de euros para estabilizar o sistema bancário e temos de negociar com 28 chefes de Estado durante meses e meses por causa de seis mil milhões de euros para combater o desemprego... Compreendo os que pensam que isto não é uma sociedade justa", disse Schulz num discurso em que evidenciou várias vezes a importância do envolvimento dos representantes dos trabalhadores e das empresas na construção de políticas e de reformas estruturais.

O presidente do Parlamento Europeu destacou também que "a desconfiança é o sentimento de muita gente" na Europa, considerando que é transversal tanto entre os jovens como entre os mais velhos.

"Preocupa-me que as pessoas sejam incitadas para que se odeiem, ainda que sejam todas vítimas da crise financeira. Enfrentamos um tempo em que os demónios do passado estão a emergir: há líderes de governos democraticamente eleitos que são mostrados em desenhos como nazis e, noutros países, as pessoas são retratadas como preguiçosos e incompetentes e é isto que temo mais", lançou Schulz.

domingo, 1 de março de 2015

- Deixa-te de lérias, Fernando Pinto!... Vai bardamerda!

Pois é, o Big Brother das Finanças, há algumas semanas, notificou-me, via email, que estivesse descansado, não me descobriam dívida nenhuma por onde vasculharam, vasculharam, vasculharam... Passaram duas ou três semanas depois desse gloriosa certidão e, pimba!, nova notificação, desta vez a dizer que, afinal, não era bem assim, afinal, não tinham vasculhado tudo: tinha uma dividazinha de 9 euros (não, não é engano, são mesmo nove euros), pelo que - repito, afinal - teria de pagar... vinte e tal euros! Pois, eram juros, coimas, enfim, nada de especial..
http://www.publico.pt/politica/noticia/passos-coelho-acumulou-dividas
-a-seguranca-social-durante-cinco-anos-1687599?page=2#/follow
Por que será que me lembrei disto outra vez com a dívida de Passos Coelho à Segurança Social?... Eu fui notificado; ele, coitado!, não. E eu fui notificado duas vezes! Eu, quando soube, ri-me; sim, é verdade, depois também vociferei um palavrão - pronto, faço agora aqui o meu acto de contricção. Passos Coelho, pelo contrário, não se riu. nem deixou que o mais débil palavrão assomasse ao pensamento ou aos lábios. Coitado dele, outra vez! Em 2012 soube da dívida e, cheio de pudor enternecedor, decidiu não pagar, mas - oh! que nobreza de alma! - carregar aos ombros, que nem cruz ciliciosa, a dividazinha dele, quem sabe? até para assim expiar - oh, meus deus! como eu sou um vil pecador em pensamentos! Por que cheguei eu a pensar mal do senhor?... - a sua dívida, a minha e a dos outros portugueses todos, portugueses pobres, miseráveis, que não foram notificados pelas Finanças; mas eu fui, assumo-o!
- Deixa-te de lérias, Fernando Pinto!... Vai bardamerda! Trabalha, trabalha, trabalha, que assim te compete! Desconta, desconta, desconta, que isso também te compete! Passos Coelho e gente boa como ele velam pela honra e dignidade de todos nós!...