sexta-feira, 9 de julho de 2021

E A JUSTIÇA É A ARTE POLÍTICA...

E A JUSTIÇA É A ARTE POLÍTICA...


1) No dia em que fiz 19 anos, em 1975, ofereci-me a República de Platão (a edição da Gulbenkian).
2) Hoje, algumas coisas que penso que são inteiramente minhas serão, afinal, coisas que assimilei da República dessa altura; outras coisas desse tempo pura e simplesmente esqueci.
3) Estou a reler a República, noutra tradução, noutra edição; de 2017 (2005). Logo a primeira fala, na primeira linha de ambas as edições faz uma enorme diferença: é entre um "fui" e um "desci".
4) Estou a deliciar-me. Sempre que posso, leio esta nova edição com a outra ali ao lado. Comparo, confronto.
5) Aqui e ali fico pronto a reconhecer que, mesmo que eu continue a pensar que isto ou aquilo tenha sido mesmo criado por mim, a fonte da aprendizagem ou assimilação está (re)encontrada.
6) Sou levado, na leitura, a pensar nos tempos que correm e nos (des)Governos que nos têm caído em sorte. Por exemplo, logo quando, no Prólogo, se clarifica que a justiça é a arte política...
7) e que essa Justiça é uma espécie de arte de furtar, para benefício dos amigos e prejuízo dos inimigos. Pois... Então não é que me parece que este Prólogo milenar é tão, tão, tão actual?!!!
8) Que mais irei eu (re)encontrar na velha República?