quarta-feira, 29 de julho de 2015

Os jovens, quer-se que sejam determinados? O exemplo de Jean Monnet, por ele mesmo.

OS VEZES E OS REVEZES DO IDEAL EUROPEU - 005

Os jovens, quer-se que sejam determinados? O exemplo de Jean Monnet, por ele mesmo.

«Pode pensar-se, hoje em dia, que eu era demasiado optimista, o que, no entanto, não constitui um traço da minha personalidade. Apenas sou determinado: será possível, por exemplo, afirmar que uma acção necessária é impossível enquanto ela não for tentada?» (Jean Monnet, Memórias, Ulisseia, 2004 (1976), p. 27)
 «Percebi [em 1914, quando foi decretada a mobilização geral em França e Monnet foi dado como inapto por motivos de saúde] rapidamente o que tinha de fazer, já que era evidente que os aliados viriam a confrontar-se com um enorme problema: o da coordenação do esforço de guerra. Se isso se impunha ao meu espírito era por eu ser muito jovem [Monnet andava pelos 26 anos] e não apesar de o ser. Era, com efeito, um problema novo, já do século XX, que uma inteligência isenta de preconceitos, sem recordação do passado, discernia melhor do que o fariam peritos imbuídos de concepções do século XIX.» (ibidem, p. 46)
(nesta fotografia, Jean Monnet, tinha acabado de completar 34 anos; corria o mês de Dezembro de 1922)

Será que os meus alunos se lembrarão de um professor que, nas aulas, sempre insistia em dizer-lhes que, para os grandes problemas do Mundo actual, as verdadeiras soluções só virão do rasgo dos mais novos, e que cada nova criança que vem ao mundo é um renovado  e tremendo potencial de inteligência, capacidades criativas, sentido de interajuda e descoberta de soluções? E que eles, os alunos, têm de ser capazes de acreditar em si mesmos, e no seu empenho na vida das suas comunidades de pertença?

Sem comentários:

Enviar um comentário