sábado, 4 de julho de 2009

Quero crer, diz o ministro Teixeira dos Santos

Para já, deixo-a aqui registada. A marinar...
Depois cá virei comentar.
Impressionante, para mim, o que esta afirmação encerra de intenção de querer convencer, sem se estar nada seguro do que se está a dizer.
O autor não quer vir a ser apanhado numa mentira ou num engano, mas quer convencer já, pelos tais intereses interesseiros da política e da economia, o Zé Povinho daqulio que ele próprio não sabe, e nem sequer acredita com muita convicção.
A frase:
Quero crer que estamos mais próximos do fim da crise que do seu início.
(Ministro Teixeira dos Santos, na Assemblei da República, em 1 de Julho de 2009)

Ó Senhor Ministro, toda a gente sabe, sem que para isso sejam necessários quaisquer extras de inteligência e bom senso, que, a partir do momento em que qualquer processo dinâmico se desencadeia (pronto, eu facilito o léxico: a parti do momento em que qualquer coisa de põe em movimento), fica-se sempre mais perto do fim do que do início.
Nem o senhor de La Palice, Senhor Ministro, diria melhor.
Aliás, ao que parece, ele - coitado! - nunca disse nada das coisas que hoje tantos de nós lhe atribuímos.
E mesmo o fadista António Mourão, por mais que ainda nos pudesse cantar o seu "Ó tempo volta p'ra trás" conseguiria inverter a direcção dos acontecimentos, não concorda, Senhor Ministro?

Noutra altura, em dia a chegar, não tanto por, eventualmente, me chegar o engenho e a arte, mas, isso sim, se considerar que vale a pena, discorrerei aqui sobre o Quero e o crer. É que, como resulta do que antes escrevi, para se estar mais perto do fim da crise do que do início, não é preciso nem querer, nem crer. Não é verdade, senhor Ministro?...
Então, se é assim, por que é que disse aquilo de maneira tão enfática?
Ó Senhor Ministro, o que quer mesmo do Zé Povinho?