sexta-feira, 9 de julho de 2021

E A JUSTIÇA É A ARTE POLÍTICA...

E A JUSTIÇA É A ARTE POLÍTICA...


1) No dia em que fiz 19 anos, em 1975, ofereci-me a República de Platão (a edição da Gulbenkian).
2) Hoje, algumas coisas que penso que são inteiramente minhas serão, afinal, coisas que assimilei da República dessa altura; outras coisas desse tempo pura e simplesmente esqueci.
3) Estou a reler a República, noutra tradução, noutra edição; de 2017 (2005). Logo a primeira fala, na primeira linha de ambas as edições faz uma enorme diferença: é entre um "fui" e um "desci".
4) Estou a deliciar-me. Sempre que posso, leio esta nova edição com a outra ali ao lado. Comparo, confronto.
5) Aqui e ali fico pronto a reconhecer que, mesmo que eu continue a pensar que isto ou aquilo tenha sido mesmo criado por mim, a fonte da aprendizagem ou assimilação está (re)encontrada.
6) Sou levado, na leitura, a pensar nos tempos que correm e nos (des)Governos que nos têm caído em sorte. Por exemplo, logo quando, no Prólogo, se clarifica que a justiça é a arte política...
7) e que essa Justiça é uma espécie de arte de furtar, para benefício dos amigos e prejuízo dos inimigos. Pois... Então não é que me parece que este Prólogo milenar é tão, tão, tão actual?!!!
8) Que mais irei eu (re)encontrar na velha República?

segunda-feira, 28 de junho de 2021

ÚLTIMA HORA! PORTUGAL, 1 - BÉLGICA, 0

ÚLTIMA HORA! PORTUGAL, 1 - BÉLGICA, 0

Vamos aos quartos-de-final!!!
O VAR (V-amos A-lterar a R-ealidade) de Marcelo corrige erro crasso da arbitragem do jogo

Portugal-Bélgica: a bola entrou na baliza da Bélgica!!!
Diz Marcelo (é oficial, está no 'site' da Federação Portuguesa de Futebol):
«[...] ontem nós mostrámos que éramos melhores que o número um do ranking mundial. Se com a França tínhamos mostrado que éramos iguais, ontem jogámos mais que o número 1 do ranking mundial. [...] Eu ando nisto desde os 26 anos de idade, a analisar.»
São as tradicionais vitórias morais dos portugueses. Vale bem a pena comparar as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa com as Cristiano Ronaldo:
«Não conseguimos o resultado que queríamos e saímos da prova antes do desejado. Mas estamos orgulhosos do nosso percurso, demos tudo para renovar o título de Campeões Europeus e este grupo provou que ainda pode dar muitas alegrias aos portugueses.
Os nossos adeptos estiveram incansáveis no apoio à equipa do início ao fim. Foi por eles que corremos e lutámos, no sentido de corresponder à confiança que depositaram em nós. Não foi possível chegar onde todos queríamos, mas fica aqui o nosso sincero e profundo agradecimento.
Parabéns à Bélgica e boa sorte para todas as seleções que continuam na competição. Quanto a nós, voltaremos mais fortes. Força Portugal!»
Quais são as que mais envolvem e captam os jovens?
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Fonte da fotografia:  https://www.fpf.pt/pt/News/Todas-as-not%C3%ADcias/Not%C3%ADcia/news/30108

domingo, 27 de junho de 2021

«ESTE MUNDO É UMA EXTRAORDINÁRIA CASA DE DOIDOS.»

«ESTE MUNDO É UMA EXTRAORDINÁRIA CASA DE DOIDOS.»

A afirmação caminha para os 101 anos. É de Einstein, numa carta para um amigo, expressando a sua surpresa pelo interesse generalizado pela teoria da relatividade, em 12 de Setembro de 1920.

E continua:
«Presentemente, qualquer cocheiro ou empregado de mesa anda a debater se a teoria da relatividade está correcta. As suas convicções sobre o assunto são determinadas pelo partido político a que pertencem.»
Conclusões:

1.ª) Afinal, a culpa não é das redes sociais na Internet; sem elas, as pessoas já gostavam de dar opiniões. Ainda bem!

2.ª) A politiquice e os políticos continuam iguais: a cartilha do partido é que vale, como valia a Bíblia nas tradicionais trevas da Idade Média - são elas, as cartilhas, que garantem os privilégios de alguns à custa da exploração de muitos.


sexta-feira, 25 de junho de 2021

É SOBRE A COVID-19 – JÁ NÃO HÁ PACHORRA, N.º 2

 É SOBRE A COVID-19 – JÁ NÃO HÁ PACHORRA, N.º 2

Quando o sr. Presidente da República - contornando o facto de ter sido pressuroso a telefonar ao sr.
Presidente da Assembleia da República para irem no próximo domingo a Sevilha ver o jogo de Portugal com a Bélgica - vem explicar aos portugueses que o seu comparsa da AR, quando exortou os portugueses à «deslocação massiva» a Sevilha para apoiar a selecção, queria dizer «Só vão aqueles que possam ir», ele está a enganar quem?
Os portugueses certamente não enganará, já que eles, como o sr. Presidente Marcelo ainda há pouco disse, são muito sábios com os seus 900 anos de História — é que nem o mais travesso dos miúdos tem a ilusão de conseguir enganar assim os seus pais ou professores quando os querem convencer de que viram um elefante do tamanho duma formiga!
Mais que a quaisquer outros portugueses, cabe ao Presidente da República e ao Presidente da Assembleia da República darem os correctos exemplos de cidadania política e cívica. Neste caso, o bom exemplo é o resguardo, não é a deslocação massiva; é assumir o que é dito, não é distorcer.
As duas mais altas figuras do Estado Português estão a dar maus exemplos aos cidadãos. Até porque Sevilha é actualmente a região da Europa mais perigosa do ponto de vista da disseminação da covid-19.
E deixo de lado as vertentes da inteligência-estupidez; informação-desinformação; honestidade-desonestidade; responsabilidade-irresponsabilidade; cuidados sanitários-balda sanitária — é que eles os dois estarão sempre protegidos!
E depois, um dia destes, virão os dois dizer que os portugueses não estão a colaborar!
Não há mesmo pachorra!

É SOBRE A COVID-19 - O GRAU ZERO DA RESPONSABILIDADE POLÍTICA

 

É SOBRE A COVID-19 - O GRAU ZERO DA RESPONSABILIDADE POLÍTICA
Virou moda os (des)governantes do nosso País culparem os cidadãos pelos seus comportamentos descuidados e irresponsáveis.
Agora veja-se o belo exemplo das duas mais importantes figuras do Estado Português: o Presidente da República e o Presidente da Assembleia da República. Absolutamente lamentável!
Para Ferro Rodrigues, tudo menos que massivamente é pouco patriótico: todos a Sevilha para apoiar a selecção portuguesa de futebol! Ir a Sevilha é uma «acção nacional».
O Cristiano Ronaldo, há dias, pegou em duas garrafas de coca-cola, numa conferência de imprensa, e afastou-as para bem longe da vista de todos. Será que ele consegue fazer o mesmo com duas pessoas?