Começa assim: "A minha coluna, intitulada A esquerda é burra?, suscitou polémica..."
Para mim, a haver polémica, é só sobre quem é que, afinal, é burro?... É a esquerda?... Sou eu?... Ou nem a esquerda ou nem eu?... Não me digam que o burro é...
Repare-se como o especialista das relações sociais escreve:
"Nestas eleições o eleitor comum de esquerda será um eleitor relutante, de dois tipos: o relutante-desiludido e o relutante-esperançado (...) Os próximos tempos vão decidir o "destino" deste eleitor-chave. Pode em eleições futuras não ser sequer um eleitor relutante-desiludido; pode mesmo ser um não-eleitor. Ou, pelo contrário, pode deixar de ser relutante e trazer para o seu campo da esperança os agora desiludios. Tudo depende da visão dos políticos de esquerda."
Não sei qual é a visão dos políticos de esquerda. Por mim, no que diz respeito à minha visão, sei que fiquei de olhos completamente trocados. E fiquei cheio de vontade de descobrir ensaios de Boaventura Sousa Santos que falem de charlatães, aldrabões e pantomimeiros.
Iluminado ou resignado? Como o outro, cá p'ra mim é dos acomodados.
São estes os homens sábios que provocam e estimulam o nosso pensamento sobre a "coisa política", sobre a nossa participação em actos de cidadania (como são os das eleições portuguesas que se avizinham)?
Como tantas vezes dizemos e ouvimos dizer: Espera aí, vou ali e já venho...
E lá vou, outra vez, de costados completamente vergados a tanta eloquência!...
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