terça-feira, 28 de julho de 2015

A EUROPA DE JEAN MONNET ERA A DA CONFIANÇA - OS VEZES E OS REVEZES DO IDEAL EUROPEU - 002

OS VEZES E OS REVEZES DO IDEAL EUROPEU - 002
"Au cours du voyage que nous venons de faire aux Etats-Unis un journaliste m’a
demandé : 'cette Europe que vous êtes en train de faire, elle résulte de la pression soviétique!' J’ai dit : 'Non, l’Europe que nous sommes en train de faire n’est pas le fruit de la crainte. Elle est le résultat de la confiance que nous avons en nous-mêmes et de la certitude que si, enfin, les Européens comprennent ce qu’il y a chez nous de qualités communes et de capacité, nous établirons un monde occidental qui apportera à la civilisation tout entière, à la paix, à l’Amérique, à la Russie une sécurité qui ne pourrait pas être obtenue d’une autre manière'." (Discours, Strasbourg, 15 juin 1953.) 
 "Durante a viagem que acabámos de fazer aos Estados Unidos, um jornalista perguntou-me: «A Europa que estão a fazer é o resultado da pressão soviética!» Eu disse: «Não, a Europa que estamos fazendo não é o resultado do medo. É o resultado da confiança que temos em nós mesmos e na certeza de que, se os europeus finalmente entenderem que há em nós qualidades e capacidades comuns, vamos estabelecer um mundo ocidental que trará a toda a civilização, à paz, à América, à Rússia, uma segurança que não poderia ser obtida de outra maneira.»
A EUROPA DE JEAN MONNET ERA A DA CONFIANÇA...
mas a Europa dos actuais líderes é a da falta de confiança permanente; e a do medo - o medo do Outro, seja europeu ou não-europeu. Os outros foram, em tempos ainda há pouco desaparecidos, bons; bons enquanto se deixaram, de forma mais dócil ou mais rebelde, colonizar e explorar pelos europeus; agora já não são bons. E também agora de todos os vizinhos se desconfia. Mais uma vez, os líderes alemães à frente; e os seus apaniguados.

P.S. - É claro que Jean Monnet também fala de regras e do seu cumprimento; mas a quem histrionicamente agita a bandeira das sacrossantas regras recomendo a leitura (ou releitura) de outras dimensões do multidimensional projecto europeu. Na verdade, há muita gente a opinar, a comentar, a criticar, do alto de uma ignorância confrangedora de tanta, mas mesmo tanta coisa (sobretudo factos - muitos factos -; valores e sistemas de pensamento); e onde não há informação clara e sustentada, irrompem os estereótipos, os preconceitos, as crenças irracionais; os pensamentos supersticiosos, os argumentos impositivos e as conclusõe autoritárias - que a vertigem da sucessão mediática permite ir disfarçando...

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